domingo, 1 de junho de 2008

CENSURAR É PRECISO?

Eric do Vale

Durante um almoço, uma família comentou sobre o último capítulo da novela das oito. Um dos pontos em questão remetia sobre a união civil do casal homossexual e da suposta cena do beijo que não foi levada ao ar. Um dos presentes argumentou que essa medida decorreu por intermédio da censura.

Chega a ser até estapafúrdio falar em censura nos dias de hoje. Esse seu ponto de vista acarretou em uma longa discussão. É importante observar que a censura mencionada, não tem nenhuma ligação com o antigo órgão federal do regime militar. A censura da atualidade é formada por boa parte da população que prima “pelos bons costumes” e por que não dizer que a censura somos nós?

Temos o hábito de corriqueiramente questionar cenas exibidas na televisão em horário impróprio. Principalmente, quando estamos na companhia de nossos(as) cônjuges e filhos. Essa postura pode ser atribuída a nossa formação histórica, de base conservadora. Mas, como pode ser possível termos uma mentalidade arcaica em plena pós-modernidade?

O telespectador tem o livre arbítrio de mudar de canal ou desligar a televisão, caso a programação não seja do seu agrado. E os responsáveis pela programação televisiva tem plena convicção dos seus limites em transmitir a sua programação.