João
Grande e Zeca ficaram pasmos, quando viram Kelly chegando na companhia de dois
policiais em direção a sala do delegado:
-
O que significa isso?- Perguntou Zeca para João Grande.
-Eu
é que sei?Pelo jeito, a coisa parece ser quente.
Era
quase de noite, quando Beretta e Solange saíram do motel e ele foi deixá-la no
estacionamento do shopping. No meio do trajeto, ela pediu-lhe para que a
levasse ao encontro de Glórinha, mas Beretta lembrou-lhe do ocorrido:
-Se
eu fizer isso, ela me entrega pros homens.
-Ela
não vai fazer isso, eu te garanto. Se for dinheiro que você quer, eu tenho.
-Abrindo a bolsa e tirando um talão de cheque.-Quanto você quer?
-Dona,
não é bem assim.
-Vamos
lá, me diga o preço. Não tem problema.
Após
muita insistência, ele aceitou dizendo que o valor ficava por conta dela.
Solange estava disposta a ficar cara a cara com a moça que, ultimamente,
vinha saindo com o seu marido.
A
policia telefonou para Kelly convidando-a para ir à delegacia e prestar
depoimento sobre a morte de Solange, todavia ela fez ouvido de mercador. Várias
vezes que tocava o seu celular, ela não atendia. A ultima vez que isso
aconteceu, foi quando Zeca foi até a sua casa e perguntou se ela sabia do caso
entre a sua amiga e o juiz.
Beretta
estacionou a alguns metros da casa de Glórinha, ele mostrou para Solange o
prédio e disse o andar em que ela morava. Nessa mesma hora, um carro estacionou
em frente ao prédio dela. Solange reconheceu que aquele veículo era o do seu
marido e conteve-se para não se deixar levar pela emoção.
Assim
que Kelly entrou, o delegado perguntou-lhe:
-Você
é muito ocupada?
-Por
quê?
-Você
não atendeu as minhas ligações. Pensei até em coisa pior, mas graças à boa
tecnologia, conseguimos localizar o numero do seu telefone. Espero que o
pessoal tenham lhe tratado bem.
-Doutor
Adaílton, reconhece essa moça?- Perguntou o delegado.
-É
a Lurdinha, ela arrumava o meu apartamento e depois passou a fazer a faxina na
minha casa de praia.
Mal
Glórinha dirigiu-se a portaria, um carro estacionou na frente e ascenderam os
faróis no seu rosto. Uma voz de mulher queria uma informação dela, quando
Glórinha aproximou-se, sentiu uma mão segurando o seu braço ouviu a voz
Beretta:
-Precisamos
falar com você e nem ouse fazer nada, porque eu estou armado.
Naquelas
condições, coube-lhe obedecê-lo e os três se dirigiram ao apartamento dela.
Visto
que Lurdinha não atendia as suas ligações, o delegado pediu aos seus
subordinados, após rastrear o numero e o endereço dela, que fossem a residência
dela para trazê-la a delegacia. Caso, ela demonstrasse resistência, poderiam
prendê-la.
Assim
que Kelly chegou ao apartamento de Lurdinha, deparou-se com Beretta e a sua
patroa na recepção. Ela até ficou confusa: “Será que a dona Solange está
corneando o doutor Adaílton? Mas logo com esse aí! Deixa pra lá, cada um sabe
de si.”. Tomou o elevador e encontrou a porta de Glórinha entre aberta.
Avistou, ao entrar, o corpo de Glórinha estendido no chão e todo ensangüentado.
Desesperada, ela perguntou:
-Quem
fez isso com você?
Aos
prantos, deixou o apartamento, desceu as escadas e foi embora sem acreditar no
que tinha acabado de ver.
Na
delegacia, Lurdinha contou ao delegado que além de trabalhar como doméstica,
também fazia programas. Ela também contou que quando soube que a sua colega
estava saindo com o seu patrão, ficou com medo de que esse soubesse de sua vida
paralela e a demitisse por isso e disse que jamais comentou isso com Glórinha:
-Antes
eu tivesse feito isso. -Falou Lurdinha.
-Por
que diz isso?-Perguntou o delegado.
-Porque
esse homem foi o causador da nossa
felicidade.
-Poderia
ser mais clara?
-Glorinha
e eu éramos mais do que amigas, éramos praticamente namoradas, mas a desgraça
dela foi ter conhecido esse homem. Se não fosse por isso, ela não teria o fim
que teve.
-Eu
não a matei!-Respondeu Adaílton.
-Mas
o senhor foi o pivô disso tudo.
Logo
que Zeca saiu de seu apartamento, Kelly pegou a sua mala, que acabara de
arrumar e estava saindo, quando deparou com um homem, que impediu a sua
passagem e lhe perguntou:
-Vai
para algum lugar.
Antes
que ela dissesse qualquer coisa, ele apresentou-lhe um distintivo e disse:
-Queira
nos acompanhar, por favor.
Kelly
pensou em fugir, mas percebeu que aquilo seria burrice e resolveu
acompanhá-los.
Tonhão
estava de saída, quando viu Lurdinha chegando:
-Que
bom que você chegou, dona Solange está aí. Ela chegou agorinha.-Falou Tonhão.
Tonhão
deu-lhe a chave de casa, Lurdinha entrou viu Solange. Após cumprimentá-la,
Solange disse que iria tomar um banho, mas que ficasse a vontade para fazer a
faxina.
Lurdinha
falou que a sua namorada nunca tivera sorte com os homens, pois teve Beretta
que era um bandidaço e tripudiou muito dela, depois se envolveu com o doutor
Adaílton que apesar de ter sido quase um pai para a Glórinha, tornou-se o
responsável pela morte dela. Adaílton, mais uma vez, se indignou com aquela
afirmação e insistiu na tese de que não tinha matado ninguém e realçou:
-Eu
fui muito apaixonado por ela si, eu admito. Pensei em tirá-la daquela vida que
ela estava levando, porque uma moça como ela não merecia aquilo, muito menos
morrer do jeito que morreu.Mesmo que ela tenha me dispensado, jamais quis o mal
dela.Ainda sim, pensei em procurá-la para dizer-lhe: “Sai dessa vida,
menina.Isso não é para você.”. Eu sempre dizia isso para ela e quando me
procurou apavorada, porque esse ex-namorado dela estava importunando-a, eu
reforcei que ela deveria tomar um rumo na vida. Colhi informações sobre esse
sujeito e pedi para dois seguranças meus darem uma prensa nele, só para
assustá-lo.Só não podia imaginar que esse vagabundo tivesse um caso com a minha
mulher.
-E
ela nunca teve nada com ele. -Falou Lurdinha.
-Nunca?
-Como
você sabe disso?
Lurdinha
ficou sem jeito, desconversou e o delegado reforçou na pergunta:
-Como
você sabe disso?
-Não
sei...
O
delegado abriu a gaveta, tirou um revólver enrolado em um plástico e
perguntou-lhe:
-Reconhece?
Depois
de ter conversado com Zeca na padaria, Kelly foi para a casa, quando sentiu
alguém agarrá-la por trás e tapar a sua boca e a arrastou para um beco deserto.
Era Beretta.Com a mão na cintura, exibindo a coronha do revólver,
perguntou-lhe:
-O
que é que você foi fazer no apartamento da Glórinha?
-Não
é da sua conta.
Ele
deu um tapa na sua cara e ela caiu no chão. Beretta disse:
-Eu
vi quando você chegou lá. Você falou alguma coisa para a polícia.
Ela
não respondeu e ele tirou o revólver da cintura e resolveu brincar de roleta
russa com Kelly. Apontando o cano para a sua cabeça, Beretta rodou o tambor da
arma e quando puxou o gatilho, estava sem bala.Ele a aconselhou para não abusar
da sorte, agarrou o braço dela e deu-lhe um chupão e ela cuspiu na sua
face.Beretta deu-lhe outro tabefe e a
advertiu:
-Eu
vou me escafeder, mas eu volto. E se tu abrir o bico, eu volto mesmo.
Kelly
foi embora sentindo o peso da mão dele e pela primeira vez, sentiu a sua boca
toda enojada, após aquele beijo.
Ao
se certificar de que Solange estava no banho, Lurdinha tirou os sapatos e foi
até o quarto dela, abriu a gaveta do criado mudo e viu o revólver que doutor
Adaílton guardava. Havia também uma caixinha, onde ele guardava as balas.
Lurdinha carregou a arma e caminhou até porta do banheiro. Ela percebeu que a
patroa ainda estava no banho, por causa do barulho do chuveiro. Lurdinha
colocou a mão sobre a maçaneta, girou e percebeu que a porta estava destrancada.
Vagarosamente, abriu a porta e ficou cara a cara com a patroa, que nem percebeu
a sua presença. As seis balas que continham naquela arma foram descarregas no
corpo bem cuidado de Solange Jardim, que não teve tempo de gritar. Solange
morreu instantaneamente.
Lurdinha
saiu do banheiro, pegou a caixa das balas, fechou a gaveta do criado mudo.
Calçou os sapatos, desceu as escadas e arrumou suas coisas.Ao sair pela porta
dos fundos, percebeu um barulho de carro.Ela apressou passo e foi embora.Enquanto isso, Adaílton
chegava disposto a flagrar o adultério da esposa.
O delgado reforça na pergunta:
-Reconhece?
Lurdinha foi embora, pegou um ônibus
e refugiou-se, por uns tempos, na casa de parentes, retornando a sua rotina,
uma semana depois. Principalmente, a sua vida paralela. Na bate, ficou sabendo
pelas suas colegas de Beretta estava na área. Uma noite, ela o encontrou na
porta da bate, conversando com uma das meninas.Kelly o cumprimentou e disse:
-Quanto
tempo, hein?Tá a fim de tomar alguma coisa?
Beretta
ficou na duvida de que aquilo fosse com ele e ela insistiu:
-E
então?Vai recusar o meu convite.
Ele
aceitou e quando foram entrar na boate, Kelly avisou aos seguranças para não se
preocuparem, porque ele estava com ela, mas eles a advertiram:
-A
gente tá de olho nesse cara. Qualquer coisa...
-Podem
ficar frios.
Beretta
e Kelly se sentaram e ela quis saber por onde ele havia, nesse tempo, andando,
apesar disso não ser da conta dela:
-Por
aí. Me enfiei em cada buraco, que nem queira saber.-Falou Beretta.
-Você
deve estar sabendo sobre a morte da mulher daquele juiz.
-Estou
sabendo sim. Veja como são as coisas, ele é que a traia e, agora, é suspeito de
ter matado-a por que ela o chifrava.
-Me
desculpa a curiosidade, mas se lembra daquela vezem que fui ao apartamento da
Glórinha e vi vocês juntos?
-O
que é que você está insinuando? Que eu tinha alguma coisa com aquela dona? Quem
me dera!
-Vocês
nunca tiveram nada?
-De
jeito nenhum.
Apavorada,
Glórinha conduziu Beretta e Solange ao seu apartamento. Quando entraram, ela
foi direto ao assunto
-O
que é que vocês querem comigo?
-Se
julga muito esperta, não é Glórinha?-Perguntou Beretta. -Pensou que arando
aquela arapuca pra mim eu fosse botar o rabo entre as pernas,não foi?Só que eu
não sou burro, como você pensa. Eu também tenho as minhas armas. Sabe quem é
essa mulher que está aqui comigo?É a esposa do cara que você anda saindo,
aquele juiz.
Um
misto de alívio e curiosidade tomou conta de Kelly, quando Beretta disse-lhe
que não tinha nenhum envolvimento amoroso com a mulher do juiz. Ela teve
vontade de saber tudo de uma vez, mas conteve-se. Dissimulou, mudando de
assunto e os dois conversaram por um longo período , até que ele resolveu ir
embora. Ao se despedirem, Kelly falou:
-Apareça
mais vezes. Você tem o meu telefone?
-Acho
que sim.
-Deixa
eu te dar, de novo.
Anotou
o numero dela, que falou:
-Me
procura.
-Pode
deixar.
-Onde
é que você está?
-No
mesmo local de sempre.
Ela
sabia que ele se referia ao barraco, onde algumas vezes tinha ido com Glórinha
para visitá-lo. Kelly ainda pediu o seu telefone e ele deu:
-Se
você não me ligar, eu te ligo. -Falou Kelly.
O
silêncio de Lurdinha deixou o delegado nervoso, que insistiu na pergunta:
-Reconhece?
-Reconheço.
Reconheço sim.
Glórinha
colocou as cartas na mesa:
-Se
vocês vieram aqui só para me pedirem para que eu não me encontrasse mais com o
Adaílton, deram viagem perdida. Terminei com ele hoje, agora mesmo.
-Você
pensa que a gente é idiota?-Perguntou Beretta.
-Tenho
certeza absoluta. Principalmente de você, Beretta. Não sei o que você ainda faz
aqui, n meu encalço.Se esqueceu de que os “homens” estão a sua procura ou quer
que eu refresque a sua memória?
Glórinha
pegou o seu celular, discou para alguém, provavelmente um dos seguranças de
Adaílton, e quando disse que sabia do paradeiro de Beretta, recebeu um soco na
cara que a fez cair bater com a cabeça no quina de um móvel.
Kelly
passou a ligar para Beretta com frequência e, muitas vezes o convidava para se
verem na boate, ele aceitava. Depois de uma conversinha e outra, regada a
muitas doses de uísque , vodka ou qualquer outra bebida, saiam da boate com
direção a casa dela ou ao seu barraco. Kelly sabia que o seu plano estava dando
certo e, agora, era preciso ter muita cautela para não colocar tudo a perder.
O sangue jorrado no chão colocou Beretta e
Solange em desespero. Glórinha estava inconsciente e eles sabiam que se não
corressem ela passaria daquela para a melhor. Beretta disse para Solange que se
a deixasse com vida, estaria mais encrencado ainda.A solução que encontraram
foi antecipar a morte dela. O primeiro objeto que viram em cima da cozinha
americana, foi uma tesoura. Beretta estava disposto a fazer aquele
serviço,quando Solange tomou a tesoura de sua mão e disse:
-Isso
é por minha conta.
E
socou-a no tórax de Glória, uma, duas, três... Literalmente, ela descarregou
toda a sua ira contida, em virtude da infidelidade do marido. Beretta disse que
também gostaria de fazer aquilo e pegou a tesoura da mão dela e perfurou umas
quatro vezes o peito de Glórinha.
Logo
que admitiu conhecer aquela arma, Lurdinha confessou o crime:
-Matei
a dona Solange sim. Matei por vingança, ela e o Beretta mataram a minha
namorada.
Uma noite, depois de terem bebido além da
conta, Beretta confessou para a Kelly que matou a Glórinha com a ajuda da
socialite. Era tudo o que ela gostaria de ouvir, pois Kelly percebeu que não
havia matado Solange à toa. E Beretta continuou:
-Para
não levantar suspeita, pagamos ao porteiro para que ele não abrisse o bico. A
Solange deu uma boa e, com certeza, ele deve ter dito para a policia que não
sabia de nada.
-Você
admite que matou a Glórinha?
-Ela
já estava quase morrendo mesmo e se sobrevivesse, o que seria da vida
dela?Presa a uma cadeira de rodas! A gente fez um puta de um favor para ela. Já
pensou a Glórinha vegetando?
Kelly
se segurou para não sacar a arma que estava na sua bolsa e enchê-lo de bala.
Para se certificar, perguntou-lhe, dias depois, se o que dissera era realmente
verdade. A principio ele negou, mas abriu o jogo sem saber de que acabara de
assinar a sua sentença de morte. Kelly se deu conta de que havia chegado a hora
de acertar as contas com ele e arquitetou um plano.
Lavaram
as mãos e Bertta encarregou-se de, com uma toalha, apagar os cômodos que
identificassem as digitais dos dois. E foram embora, levando a tesoura que
perfuraram Glórinha e a atiraram em um terreno baldio. Solange despediu-se de
Beretta, agradeceu-o, dando-lhe uma quantia em dinheiro para ajudar na sua
fuga:
-Não
precisava dona. -Disse Beretta.-Eu teria feito isso de graça.
-Precisa
sim. Saiba que farei de tudo para não prejudicá-lo.
Despediram-se,
Solange foi para a casa e viu o seu marido, esse lhe perguntou onde ela tinha
ido. Ela deu uma desculpa qualquer e mesmo sem dizer nada,Adaílton achou aquele
papo furado demais.Solange tomou um banho e foi dormir.
Kelly
já havia ligado para Beretta a fim de saber se ela poderia ir ao barraco dele.
Ele aceitou e assim que viu Zeca chegando, percebeu de que ali seria o álibi
perfeito para que nenhuma suspeita caísse sobre ela. Após a transa, Zeca
adormeceu. Ela se vestiu e ligou para Beretta avisando de que logo mais
chegaria.Kelly pegou a chave do carro de Zeca, guiou-o até o barraco e quando
chegou, desculpou-se pelo atraso:
-Que
nada. Eu entendo.-Respondeu Beretta.
Quando
foi agarrá-la, ela perguntou:
-Mais
uma vez, eu gostaria de saber se você e aquela mulher mataram a
Glórinha?-Abrindo a sua bolsa.
-Sim!-Respondeu
indignado. -Matamos sim.Quantas vezes você quer que eu diga que matamos aquela
puta?
-Eu
só queria ter certeza.
-Certeza
de quê?
-De
que estou fazendo a coisa certa.
-Coisa
certa?
-Isso.
-Tirando o revolver da bolsa e apontando para ele.
Foram
seis tiros a queima roupa. Kelly jogou a arma sobre o cadáver e foi embora. Já
estava amanhecendo, quando ela estacionou o carro na garagem. Subiu e trocou de
roupa. Zeca parecia estar hibernando e Kelly deitou-se, mas não dormiu.
Levantou-se, assistiu um pouco de televisão e depois, foi à padaria e comprou o
pão.
O
delegado ouviu toda a confissão de Lurdinha, que falou:
-Matei
aqueles dois sim e digo mais, joguei a culpa nesse aí. -Referindo-se a
Adaílton-, porque ele desgraçou a minha felicidade.Por culpa dele, a Glórinha
foi morta.-E desabou a chorar.
João
Grande e Zeca estavam ansiosos para saberem sobre os últimos acontecimentos,
quando o delegado apareceu e disse que o crime havia sido solucionado. Logo que
se posicionaram para colherem as ultimas informações, João Grande e, sobretudo,
Zeca ficaram boquiabertos, quando viram Kelly saindo algemada da sala do
delegado.
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