quarta-feira, 23 de julho de 2014

sábado, 19 de julho de 2014

Conto- No Fio Da Navalha


Eric do Vale

Perdi a conta das vezes em que assisti ao filme Platoon e, agora, vejo a primeira cena, em que os novatos desembarcam na base aérea do Vietnã e me coloco na pele do protagonista.  A quantidade de candidatos muito diferiu dos demais concursos que prestei: um milhão e cacetada. Nossa Senhora! Sei que não há cabimento comparar uma guerra vivenciada com outra retratada num filme, mas, nesse momento, acomodado em minha poltrona, vejo o pelotão marchando rumo ao campo de batalha e concluo que a busca por um emprego público muito se assemelha a uma guerra.
Qualquer possibilidade de recuar, naquela infernal tarde de domingo, tornava-se nula, cada vez que eu e os outros candidatos avançávamos um passo em direção à sala, onde faríamos a prova. Peguei o celular assim que acordei, e vi uma mensagem: “Olá”. Era um colega dos tempos de faculdade. Como fazia algum tempo que não mantínhamos contato, achei estranho. Mesmo assim, respondi com um cordial “Olá! Como vai?”. Ele só me respondeu depois de algumas horas, quando eu já me encontrava de saída: “Estava voltando da balada, quando teclei com você.”. Mas que filho da mãe!
Aquilo pairou sobre a minha cabeça junto com o sol escaldante, na medida em que eu me dirigia para a sala. Poderia muito bem considerar isso como uma galhofa ou, quem sabe, uma espécie de tortura psicológica, mas obviamente, ele não fazia ideia do que eu, ultimamente, vinha atravessando.
Um antigo colega de trabalho me informou, durante um encontro casual, não haver mais nenhum conhecido na empresa, onde trabalhei. Inclusive ele, que foi mandado embora, há mais de dois meses. Logo, optei em mergulhar de cabeça na caçada por estabilidade profissional, porque não me considerava um macaco para viver assim: “pulando de galho em galho”.  
Quatro horas de prova não é para qualquer um! Na altura daquele campeonato, eu só pensava em ir para a casa, tomar um banho e dormir. Desde que enveredei por esse caminho, aprendi que todo concurseiro deve possuir uma mentalidade de atleta: terminado um torneio, é preciso pensar no seguinte.
 Uma semana depois, lá estava eu naquele mesmo local, dessa vez no turno da manhã, para enfrentar outro concurso. Honestamente, gostei mais dessa prova do que a anterior, todavia, para a minha surpresa, o resultado foi totalmente o inverso.


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segunda-feira, 14 de julho de 2014

Poesia- Nas Garras Da Mulher Gato


                Eric do Vale


O ser humano falou mais alto
quando, cumprindo o seu dever,
o Homem Morcego ficou
sem resistência
 com o charme da Mulher Gato.

E quem resistiria?
Um crime, isso sim, seria.  



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domingo, 6 de julho de 2014

Poesia- Inspiração

            Eric do Vale

É inevitável apreciar tal beleza
quanto não se inspirar em criar
este verso, tão pouco apreciar
é pouco, muito pouco apreciar.

Procuro as palavras para expor
toda a minha apreciação no papel 
que fogem,no instante em que eu
me encontro  com a caneta em punho.




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quarta-feira, 2 de julho de 2014

Artigo- *A Torcida No Divã



Eric do Vale



Não sou psicólogo e, muito menos, um expert em assuntos futebolísticos. Mesmo assim, tenho a convicção de que toda e qualquer partida de futebol, quando assistida ao vivo, tende a servir de divã para algum espectador. Essa certeza decorreu logo após o jogo do Brasil contra o México.
Nessa ocasião, eu me encontrava na Arena Castelão, quando testemunhei mais do que um momento histórico: aquela torcida em polvorosa muito se assemelhava com a transformação de doutor Jekyll em Mr. Hyde.
Se duvidasse, até um individuo dotado de princípios puritanos encontrou, naquele instante, a oportunidade de rever os seus conceitos por meio da elevação do tom de voz e, sobretudo, no exacerbado uso de termos de baixo calão. Fosse uma bola fora, um passe errado e até mesmo um torcedor de pé, tudo era motivo para xingamento. A quantidade de palavrões pronunciados, dentro daquele estádio, fariam da Dercy Gonçalves à pessoa mais pudica do mundo.
Estou certo de que não falei nenhuma novidade, pois esse tipo de comportamento é bastante corriqueiro nos estádios de futebol, de qualquer parte do mundo. No entanto, isso mereceria um aprofundado estudo psicológico no qual Freud, certamente, adoraria analisá-lo.

* Publicado no Jornal O Povo.




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