terça-feira, 2 de julho de 2013

Crônica - Em Busca da Escrita Perfeita

                                                              
                                                       

                                                                                 Eric do Vale

Tempo desses, reli um texto que publiquei no jornal, há uns quatro anos e percebi que poderia reaproveitá-lo. Rascunhei-o num bloquinho de anotações, passei para o computador e assim o fiz alternadamente, por vários dias, até finalizá-lo.  

Apesar de pronto, só resolvi postá-lo no meu blog quando o revisei, num período de dois ou três dias. Esse comportamento decorreu de um hábito que, ultimamente, venho adquirindo: olhar os meus antigos textos. Fico abismado, quando os releio, e me pergunto: “Como pude escrever isso?”, e então constato: “Hoje eu não faria desse modo ou nem teria escrito isso.”. Esse ponto de vista veio a calhar com a criação do meu blog, que compartilho nas redes sociais, e terá mais força no futuro através dos meus escritos atuais. 

Seja um leigo ou alguém do calibre de um Fernando Pessoa, hão de convir que o ato de escrever equivale à função de um escultor ou de qualquer outro trabalhador artesanal em que “uma caneta na mão e várias ideias na cabeça”, quando colocadas no papel, requerem os seguintes passos: uma palavra, uma frase, um parágrafo ou uma estrofe e, conforme for o andamento, poderá acarretar uma página ou um capítulo. E sem esquecer os alicerces: pontuação, concordância, ortografia e acentuação. Isso leva a crer que o ofício de um escritor também remete ao de um cozinheiro, no quesito de escolher os “temperos” adequados e saber se o que se prepara está, ou não, “no ponto”.

Até nas produções textuais, o “Google nosso de cada dia” tornou-se uma ferramenta indispensável, principalmente na disponibilização de dicionários. Quando me encontro em processo de criação, corriqueiramente consulto o “pai dos burros” na intenção de saber o significado, o sinônimo e a forma correta de redigir tal palavra. Embelezar um texto com termos pouco conhecidos do nosso vocabulário não significa que o autor tenha que se portar igual ao professor Astromar, da novela Roque Santeiro, fazendo uso excessivo do linguajar arcaico, pois a coerência textual consiste no equilíbrio entre a linguagem formal e a coloquial.

Fala-se muito em aptidão, mas a maturidade e, sobretudo, a praticidade também são os elementos chaves no aprimoramento de jogar com as palavras. E mesmo sendo um exercício árduo e fatigante, não há nada mais satisfatório quando alguém diz: “Li o que você escreveu” e lhe tece comentários elogiosos. É uma sensação semelhante à de um compositor ouvindo as pessoas cantarolando a sua canção.


É de praxe, quando concluo um texto, dizer a frase: “Eu não escrevo mais!”. Digo-a desde os meus tempos de estudante secundarista, quando enveredei pelo caminho da escrita. A última vez que eu a mencionei, tive a ideia de escrever sobre esse assunto. 


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