Eric do Vale
Tempo
desses, reli um texto que publiquei no jornal, há uns quatro anos e percebi que
poderia reaproveitá-lo. Rascunhei-o num bloquinho de anotações, passei para o
computador e assim o fiz alternadamente, por vários dias, até finalizá-lo.
Apesar de
pronto, só resolvi postá-lo no meu blog quando o revisei, num período de dois
ou três dias. Esse comportamento decorreu de um hábito que, ultimamente, venho
adquirindo: olhar os meus antigos textos. Fico abismado, quando os releio, e me
pergunto: “Como pude escrever isso?”, e então constato: “Hoje eu não faria
desse modo ou nem teria escrito isso.”. Esse ponto de vista veio a calhar com a
criação do meu blog, que compartilho nas redes sociais, e terá mais força no
futuro através dos meus escritos atuais.
Seja um
leigo ou alguém do calibre de um Fernando Pessoa, hão de convir que o ato de
escrever equivale à função de um escultor ou de qualquer outro trabalhador
artesanal em que “uma caneta na mão e várias ideias na cabeça”, quando
colocadas no papel, requerem os seguintes passos: uma palavra, uma frase, um
parágrafo ou uma estrofe e, conforme for o andamento, poderá acarretar uma
página ou um capítulo. E sem esquecer os alicerces: pontuação, concordância,
ortografia e acentuação. Isso leva a crer que o ofício de um escritor também
remete ao de um cozinheiro, no quesito de escolher os “temperos” adequados e
saber se o que se prepara está, ou não, “no ponto”.
Até nas
produções textuais, o “Google nosso de cada dia” tornou-se uma ferramenta
indispensável, principalmente na disponibilização de dicionários. Quando me
encontro em processo de criação, corriqueiramente consulto o “pai dos burros”
na intenção de saber o significado, o sinônimo e a forma correta de redigir tal
palavra. Embelezar um texto com termos pouco conhecidos do nosso vocabulário
não significa que o autor tenha que se portar igual ao professor Astromar, da
novela Roque Santeiro, fazendo uso excessivo do linguajar arcaico, pois a
coerência textual consiste no equilíbrio entre a linguagem formal e a coloquial.
Fala-se
muito em aptidão, mas a maturidade e, sobretudo, a praticidade também são os
elementos chaves no aprimoramento de jogar com as palavras. E mesmo sendo um
exercício árduo e fatigante, não há nada mais satisfatório quando alguém diz:
“Li o que você escreveu” e lhe tece comentários elogiosos. É uma sensação
semelhante à de um compositor ouvindo as pessoas cantarolando a sua canção.
É de
praxe, quando concluo um texto, dizer a frase: “Eu não escrevo mais!”. Digo-a
desde os meus tempos de estudante secundarista, quando enveredei pelo caminho
da escrita. A última vez que eu a mencionei, tive a ideia de escrever sobre
esse assunto.
Confiram a minha página em Recanto das Letras http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=136746
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