quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Poetrix- Carochinha


                           Eric do Vale

Tão humano, quanto nós é alguém
a quem elevamos em um pedestal
e uma figura extraordinária projetamos.





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Poetrix- (Re) Começo

     Eric do Vale


Muito próximo de nós
encontra-se a proximidade
do novo dia que se inicia.







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Poesia- Apreciação

                       Eric do Vale 


Bem que eu gostaria
de ter você como
fonte de inspiração
para a minha poesia,
seu retrato, todavia,
quando contemplado,
é a total perdição para
qualquer vocabulário. 




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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Poesia- Um Detalhe

          Eric do Vale

 
Fazer diferente
Faz a diferença
Faz a diferença
Fazer diferente
Faz diferença? 
Fazer diferente?
Faço a diferença
Faço diferente
Faça a diferença. 







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Poesia- Sétimo Pecado

               Eric do Vale


Seja por ira, usura
ou qualquer agrura
mal aventurados
são aqueles que,
em vão, ofuscam
a luz do seu próximo!




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Poesia- Sua Chegada

Eric do Vale


Feito aqueles dois que,
ansiosamente, aguardam
pela chegada de Godot,
cá estou te aguardando.

A tensão não é a única
sensação que me atenta,
na proporção que tento
não olhar o calendário
e as horas não contar.

Sem saber o que fazer,
penso como o Pedro Pedreiro
e fico aqui “esperando,
esperando, esperando...”.  






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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Soneto- Faculdade de Direito

                       Eric do Vale
        

Aos bancos universitários regressei
com a finalidade de estudar Direito
e essa é a razão pela qual me inspirei
para vir a compor este meu soneto.

Quando foi dado o ponta pé inicial,
tive a mesma sensação de um colegial,
em virtude desta tão calorosa energia
que, a todo o instante, nos contagia.

Conduzidos pelo tempo presente
ao qual todos nós nos situamos,
em direção ao futuro marchamos

Se a justiça permanece precária,
cabe a nós, ao concluir o curso,
a tarefa de mudar este percurso.







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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Artigo- Na Berlinda

          Eric do Vale  



Em meados de 1996, Paulo Francis falou em um programa televisivo que os funcionários do primeiro escalão da Petrobras desviavam verbas da estatal e depositavam em contas de bancos suíços. Assim que tomou conhecimento disso, Joel Renó, então presidente da Petrobras, moveu um processo contra o jornalista, resultando na morte desse por enfarto fulminante.

Vale lembrar que esse episódio ocorreu no período em que o Brasil era governado por Fernando Henrique Cardoso, entretanto o nosso país, desde sempre, é assolado por uma forte onda de amnésia. Talvez, seja por isso que boa parte da população brasileira entregue o “troféu abacaxi” para Lula e companhia limitada, elegendo-o por unanimidade como o suprassumo da corrupção.   

Recentemente, o Ricardo Boechat chamou o ex-presidente FHC de oportunista, quando esse pronunciou o seu descontentamento com o governo da Dilma Rousseff em virtude do envolvimento de seus partidários no esquema de corrupção da estatal. Ao expressar o seu ponto de vista, o jornalista realçou que independentemente de qualquer governo, sempre houve fraudes na Petrobras. Esse seu ponto de vista valeu-se do Prêmio Esso de Jornalismo que arrebatou, em 1989, por denunciar as falcatruas dentro da estatal, ocorrido durante a gestão do José Sarney.

Desde que veio à tona o escândalo da Petrobras, os nossos patrícios não cessam de afirmarem que esse fato, somado aos demais, tornou-se uma razão decisiva para expressarem total descontentamento com o Governo Federal.

Em nenhum momento, despertei o desejo de ocupar o posto de dono da razão e também não pretendo desempenhar o papel de advogado do atual Governo Federal, mas, nessas condições, vejo-me obrigado, novamente, a bater na mesma tecla: o PT não é o pivô dessa corrupção que impregna o cenário político nacional.

Àqueles que gostam de se jactarem com um “aguçado senso crítico”, aconselho a estudarem a história do Brasil, em vez de delegarem as responsabilidades nas mãos de um determinado grupo ou indivíduo. 






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sábado, 7 de fevereiro de 2015

Poesia- Wertherismo Bovarista

Eric do Vale

Tiro o meu time
a fim de lançar
uma nova jogada.

Em outro gramado jogarei
e em outro Estado habitarei.

Caso nada disso te satisfaça,
só conheço um único jeito:
arsênico ou uma bala no peito?





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sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Soneto- Americana

                              Eric do Vale


Como eu ia saber que falava português?
Com este seu semblante estadunidense 
não há quem diga que você é cearense,
dai me arrisquei a falar o meu inglês.

Fincados os pés no novo continente,
os europeus da tarefa se encarregaram
de, aqui, lançarem as suas sementes,
e, tão logo, os seus frutos florearam.

Os meus olhos, quando te alcançaram,
desencadearam uma longa discussão:
é preciso haver divisão na América?

Tão marcante é esta sua presença,
que inexistente torna-se a diferença
entre uma latina e anglo- saxônica.



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domingo, 1 de fevereiro de 2015

Poesia- Jogo de Cintura

             Eric do Vale


O carnaval já começou,
antes mesmo de começar!
Concebido o novo ano,
os passos alargamos,
ao passo que os percalços 
nos deparamos, antes
dos passos ensaiarmos. 



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Poesia-A Falta

 Eric do Vale


Não sei se o perdão ainda é existente
para mim que tão ausente de ti me
encontrava, mas ciência tenho de
que muito sentida foi e tem sido
a sua falta a qual sinto tão sentida,
que suplico o sanar deste suplício.




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Poesia-Teorema

Eric do Vale

A minha reclusão,
neste tempo corrente,
decorre da precisão
de uma caneta ou lápis
empunhar e no papel
descarregar todas
as minhas precisões
as quais, creio eu,
hei de encontrar
alguma resolução.  



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Poesia- Resposta

Eric do Vale

O que tenho feito? Tamanha simplicidade,
Que não vejo motivo para não te responder:
lutado, penado e, especialmente, tendo peito
para, sempre que possível, enfrentar os ditos
gigantescos moinhos que nunca cessam em
dilacerar meu coração sem, contudo, jamais
perder a fé no esplendor que tal qual a famosa
ave fênix: das cinzas sempre há de renascer. 





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Soneto- Por Uma Causa

                    Eric do Vale


De corpo e alma, permitimos nos entregar
em alguma coisa que tenha sentido de crer
que aquele caminho vale a pena se atirar
de cabeça a fim de uma causa defender.

Por mais que seja a realidade tão dura
e dela todos só saibamos reclamar,
o desejo de um mundo ideal perdura
na mente daquele que, sempre, a clama .

O risco é a busca de um resultado
e assim sendo, arriscar é preciso,
desde que os riscos sejam calculados.  

Uma causa, toda vez que abraçada,
encontra-se destinada a um objetivo:
manter o foco na linha de chegada.






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Poesia- Em Vista

                    Eric do Vale


Visto que os fatos
te obrigam a cuidar
melhor da sua vista,
me vejo na obrigação
de, sempre que possível,
indagar sobre a sua vista,
na medida que melhoras,
com frequência, passo
a estimar e para não dar
na vista, te faço uma visita
em que minha investida
parte do pressuposto de
na sua melhor camisola
te encontrar vestida.







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