quinta-feira, 23 de abril de 2015

Artigo- Sem Comentários

           Eric do Vale

Uma professora da Faculdade de Direito compartilhou, em sua rede social, uma manchete noticiando que alunos do ensino médio de uma escola pública, do Amazonas, recusaram-se a fazer um trabalho sobre a cultura afro-brasileira, alegando motivos religiosos. Expressei o meu ponto de vista, assim que li a matéria, para, logo em seguida, fazer os ajustes necessários e convertê-los neste texto opinativo.
Aqueles que estudam ou pretendem cursar Direito devem estar a par de que irão lidar, a todo o momento, com a dignidade humana. Tal tema é bastante discutido ainda no primeiro semestre do curso e adquire maior amplitude nos períodos posteriores por meio de disciplinas, como Direito Civil, Direito Penal, Direito Constitucional e, sobretudo, Direitos Humanos.
 O advento da Constituição Federal, em 1988, e as evoluções sociais, ocorridas durante a contemporaneidade, possibilitaram que uma parcela de grupos, então colocados à margem da sociedade, denominados de minorias (negros, homossexuais, portadores de limitações, presidiários e dentre outros) garantissem os seus direitos.
Em contrapartida, existem aqueles que declaradamente, ou não, se opõem às minorias por meio de argumentos desconexos e tacanhos que, além de serem similares aos pensamentos defendidos pelos fascistas, demonstram que a ignorância é o seu maior sustentáculo. Foi exatamente isso que aconteceu nessa escola pública do Amazonas. 
Esses alunos afirmaram que o trabalho fazia apologia à permissividade e, sobre essa justificativa, recusaram-se a ler obras como O GuaraniMacunaíma e Casa Grande & Senzala. Tamanho foi o rebuliço, que membros da OAB, do Ministério Público e de grupos LGBT debaterem sobre o ocorrido, objetivando orientar os estudantes.
Vale lembrar que esse é um de muitos casos de intolerância ao qual, diariamente, tomamos conhecimento e, somado aos demais, não chega a adquirir enormes proporções. E sendo assim, a questão não é saber a que ponto chegamos, mas sim aonde, desse jeito, vamos chegar?


* Publicado nesta mesma data no Jornal O Povo.






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