“É estranho como é triste
É estranho como olhar pra trás
É estranho como é estranho
Esquecer um nome.”
(Extraño: Thedy Correa)
Alheia a tudo, ela continua brincando, correndo e sorrindo sem fazer
ideia do que está acontecendo em sua volta; enquanto todos que a cercam
procuram uma forma de se adequarem aquela realidade.
É pouco provável que ela, naquele momento, saiba o que realmente esteja
se passando. Naquelas circunstancias, qualquer um preferiria ter a idade dela só para não encarar aqueles últimos
acontecimentos.
Qual ser humano, em sã consciência, chegaria para
ela, uma criança de três anos de idade, e diria o que tinha acabado de
acontecer com a mãe dela? Ninguém. Mesmo utilizando-se de palavras amenas,
nenhum indivíduo teria o direito ou coragem de fazer isso.
Seria muito bom, se todos fizessem de conta que
nada daquilo aconteceu; mas, infelizmente, as coisas não funcionam desse jeito.
Assim como os demais, ela não consegue entender direito tudo aquilo e, talvez,
seja muito provável que custe a compreender. Como é possível tentar entender
algo que não tem explicação?
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