terça-feira, 21 de maio de 2013

Crônica - Os Melhores Anos de Nossas Vidas (Como Era Verde o Meu Vale)



                                                                                            Eric do Vale





A ideia de “tomar emprestado” o nome de dois clássicos da sétima arte para o título desta crônica surgiu, na medida em que fui a redigindo e estou certo de que o leitor há de compreender.

Graças a Deus que vivemos a era da Internet. As redes sociais, por exemplo, desempenham um importante papel reaproximando pessoas que, pelas mais variadas razões, encontravam-se distantes. Dia desses, reencontrei um colega nos tempos da segunda série. Fazia quase vinte anos que não nos víamos e foi assim também com o pessoal do colégio Santo Inácio, onde estudei da oitava até o terceiro ano. Três anos de convivência e muita historia para contar!

 Lembro-me de que um desses colegas, digo uma colega, postou um recado: “Releve as implicâncias do colégio Eric; adorávamos tirar onda com você! Beijão, bem-vindo.". Não sei por que ela disse aquilo. Será que ela pensa que eu sou rancoroso? Sorte que ela estava online, pois pude ter a oportunidade para recordamos alguns fatos engraçados, falamos de algumas pessoas e aproveitei o momento para dizer que não tinha nenhuma mágoa dela ou de qualquer outro companheiro de classe. Dentre muitos assuntos, fui informado de que um de nossos colegas havia morrido, acerca de um ano, em um acidente de carro. Encerrada a conversa, pensei nesse nosso colega e custou-me muito aceitar aquilo. Não éramos tão próximos e há muito tempo não tínhamos contato, porém foram dois anos de convivência!Lembrei-me de algumas brincadeiras suas comigo e concluí: “Meu Deus do Céu! Como pode uma coisa dessas?”.Todos nós sabemos que  nem tudo são flores, nada é para sempre e que a vida, muitas vezes, tem esse “hábito” de pregar peças na gente, mas só temos a noção disso de uma forma mais didática e impactante.

Ao mesmo tempo em que eu me lembrava dele, pensei na frase que a minha colega postou no meu facebock: “Releve as implicâncias do colégio Eric; adorávamos tirar onda com você! Beijão, bem-vindo.". Isso fez que eu elaborasse uma profunda reflexão sobre aqueles tempos.

Os momentos mais gratificantes na vida de um colegial são o primeiro e o ultimo dia de aula. Na verdade, o meu ultimo dia de aula foi à cerimônia de despedida dos alunos do terceiro ano. Todos estavam presentes naquela ocasião: professores, alunos, funcionários e familiares. Apesar de ser um momento glorioso, aquilo apresentava um quê de tristeza, porque não era fácil para muitos de nós, depois de muitos anos de convivência, saber que, inevitavelmente, aquilo acarretaria uma dispersão geral. Nos dias que antecederam a nossa “despedida”, comumente eu me perguntava: “E agora?”. Contudo, confortava-me saber que todos nós estávamos encerrando uma etapa em busca de nossas prosperas realizações.


Uma missa foi celebrada, alternando-se com discursos e brincadeiras. Nos momentos finais, houve a entrega de placas aos alunos que por mais tempo estudaram naquele colégio. Por ultimo, foi concedida uma medalha ao melhor aluno, aquele que era benquisto por todos e, quando anunciaram o meu nome, não acreditei. Para mim, aquilo foi uma redenção, porque, durante os meus anos de vida estudantil, esforçar-me para tornar-me um bom aluno, apesar dos empecilhos. Em dados momentos, fui um bom aluno, outrora um medíocre; fui o bem comportado; às vezes um bagunceiro e sem contar que já cheguei a sofrer bullyng. Entretanto, sempre fui muito comunicativo, possibilitando-me uma boa relação com todas as “tribos” de todas as instituições educacionais.

Ao fazer um balanço desse contexto, afirmo que a escola, de uma forma geral, foi o meu primeiro contato com a vida. Entre altos e baixos, o fundamental é prosseguir no seu percurso sem importar-se com as virtudes e defeitos. Logo que comecei a transcrever este texto, as lembranças desta época passaram pela minha memória, fazendo-me entender que há momentos que, no final, terminamos rindo de tudo e só então nos damos conta de que tudo passou.






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Um comentário:

  1. Eu não estava no dia da missa, mas deixei uma carta c a Nathalia Benevides e ela leu para os nossos colegas

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