Eric do Vale
Sequer
teve tempo de dizer “ai”, assim que recebeu a azeitona, e caiu mortinho da
silva. Levei três dias para me certificar de que o prazo de validade dele estava
mais do que expirado. Custei bastante para encontrá-lo e quando soube onde,
atualmente, morava, arquitetei, num período de trinta dias, milimetricamente um
plano para ir até lá.
Aluguei
um carro em nome de Gustavo Barroso, conforme informava a minha identidade e para
todos os efeitos, estava lá a trabalho. Essa foi a justificativa que dei ao recepcionista
do hotel, quando preenchi a ficha de hospedagem. Achei coerente dizer que era biólogo,
porque aquela cidade situava-se em uma zona litorânea e repleta de riquezas
naturais.
Diariamente, eu saia do hotel com o pretexto
de fazer pesquisas de campo e não foi muito difícil saber o paradeiro dele,
visto que era uma pessoa muito popular. De acordo com o que apurei, a população
daquele vilarejo estava mais do que vacinado contra as “penduras” dele,
principalmente os cheques, sempre voadores, aos quais, habitualmente,
depositava por aí. Sem falar de outro robe que ele tinha: extorquir dinheiro de
muita gente por meio de chantagem.
Aquilo,
para mim, não era nenhuma novidade, porém o que me deixava pasmo era como esse
vigarista permanecia vivo. Pelo jeito, ele estava fazendo hora exta, aqui na
Terra.
Era quase meia noite e nenhum sinal de uma
viva alma, fiquei de tocaia, há alguns metros da casa dele, e assim que o vi
chegando, eu o abordei:
-Satisfeito
em me ver? Você não disse que, um dia, teria o desprazer de ficar cara à cara
comigo? O prazer é todo meu.
Saquei
a silenciadora e acertei o coração dele. Por uns segundos, estimei aquela
imagem agonizante até ele dar o derradeiro suspiro. Era um a menos. Entrei no
carro, descarreguei a pistola e a coloquei no porta-luvas.
Assim
que cheguei no hotel, tomei banho e fui dormir. A notícia da morte dele havia
se espalhado por toda a cidade como fogo de palha. Houve quem dissesse que aquilo
foi coisa de marido traído, porque ele também gozava da fama de D. Juan.
Encerrei
a minha conta e fui embora. Convicto de que já estava distante, há vários quilômetros,
daquela cidade, parei o carro e joguei a arma no mar junto com o pente. Devolvi
o veículo dentro do prazo e em perfeito estado. Logo depois, tomei um táxi em
direção ao aeroporto, onde segui viagem e retornei à minha vida normal.
Tanto
em casa, quanto no trabalho todos queriam saber sobre o meu parente distante e
eu respondia:
-
Descansou. Tendo vivido por muito tempo, nada mais justo.
Finalmente,
eu a encontrei! Até que não foi tão difícil, assim. Coletado informações, aqui
e ali, descobri onde ela morava e em pouco tempo, já sabia de cor todo o
itinerário dela.
Pensei
em mandar-lhe uma mensagem do tipo: “Acidentes acontecem”, mas isso seria burrice.
Desde que não fosse manuscrito, poderia enviar um bilhete com palavras
recortadas de jornais dentro de um envelope em branco e depositá-lo por debaixo
da porta da casa dela, no entanto o local onde morava era muito movimentado e não
seria muito difícil de alguém me reconhecer.
Continuei
acompanhando os passos dela sem ser notado até que, uma noite, a avistei
caminhando sozinha. Não havendo ninguém por perto, dei a partida no carro e acelerei...
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