Eric do Vale
“Esse é o nosso
mundo
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última chance.”
O que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última chance.”
(Teatro Dos
Vampiros- Renato Russo, Dado Villa- Lobos e Marcelo Bonfá)
Acompanhado
de dois amigos, um homem e uma mulher, ele nem olhou para mim ou, talvez,
fingiu que não me viu. Eu também estava acompanhada, portanto não tinha nenhuma
razão para, naquele momento, nos aproximarmos até eu chegar em casa e teclar
com ele:
-Oi.
-Oi.
Quem é?
-Você
escreveu para mim, lá no bar.
-Sim,
escrevi sim. Eu me chamo Rômulo, Rômulo Martins. E o seu?
-Kátia.
As
informações dele eram verdadeiras, como, dias depois, pude constatar: Rômulo
Martins, dono de uma das mais renomadas agências de publicidade do país.
Uma
mesa apenas nos separavam. Ele devia ter uns 34, 35 anos, por aí. Pelo pouco
que observei, era um homem sério e quase nunca saia daquela mesa, a não ser
para ir ao banheiro. Procurei saber porque ele não tinha ido a nossa mesa e a
resposta foi:
-Tinha
que saber se havia abertura. Como poderia chegar chegando?
-
Todo homem tem que ter cara de pau.
-Certo,
eu poderia ir até onde você estava, mas imagina: um cara chegando do nada e te
abordando assim, sem mais nem menos. Além do mais, você estava com a sua
amiga.
Fazia
sentido. Nem a minha amiga e eu, provavelmente, não nos sentiríamos a vontade,
se um homem se aproximasse de nós assim, de repente. Eu, certamente, não gostaria e diria: “Sou
casada” e faria questão de mostrar a minha aliança. Quanto a minha amiga, não
sei. Conhecendo-a como eu a conheço, tenho certeza de que ela não saberia o que
fazer, por ser muito tímida.
O
meu marido estava viajando e as crianças foram para a casa da avó, restando-me
sair um pouco para desopilar. Optei em ir a um bar muito badalado e chamei essa
minha amiga. Até fiquei admirada de ter aceitado, porque ela não sai de casa
para nada; Passando o dia naquele hospital, auxiliando os médicos e só chega em
casa, onde mora sozinha, para dormir.
Durante
muito tempo, ela namorou um cara e chegou até a noivar dele. O Evandro poderia
ser considerado o genro que toda sogra gostaria de ter, mas, infelizmente,
príncipe encantado só existe nos livros dos contos de fadas! Faltando pouco
para se casarem, ele começou a mudar de comportamento arranjando sempre um
pretexto para se distanciar dela. Ela, no entanto, só se certificou de que
estava sendo enganada, quando, sem querer, leu uma mensagem do celular dele
dizendo: “Você me pega hoje á noite na minha casa?”.
Na
mensagem só constava o número e ela até pensou em ligar para tirar satisfação,
porém desistiu da ideia. E ao encontrar Evandro, chamou-o para jantar, mas esse
falou que estava indisposto. Por volta das vinte e uma horas, ela telefonou-lhe
para saber se havia melhorado e ele respondeu:
-Sim,
tomei um remédio e agora, estou deitado.
Na
verdade, Evandro estava estacionado em frente ao prédio da pessoa com quem
havia marcado o encontro sem fazer ideia de que a sua noiva o observava, há
alguns metros de distância. A minha amiga viu quando um homem saiu do prédio e
entrou no carro dele e mesmo sem entender nada, resolveu segui-los. A caçada só
chegou ao fim, quando o carro dele estacionou e os dois saíram em direção a um
bar “especifico”. Depois disso, ela nunca mais se apegou a ninguém. Talvez
tenha tido um ou outro relacionamento, mas acredito que não foram duradouros.
Estávamos
sentadas observando o movimento do bar e jogando conversa fora, quando um
garçom chegou perto de nós trazendo um papel e disse para a minha amiga:
-Aquele
homem ali, da mesa da frente, mandou entregar para você.
Ela
leu, mas nem ligou e antes que o rasgasse, pedi para ler. Estava escrito:
“Gostaria muito de te conhecer. Qualquer coisa, o meu telefone é....”. Eu não
sei o que essa minha amiga tem na cabeça! Ninguém é capaz de se fechar para o
amor, por tanto tempo, como vinha fazendo! Logo ela, é uma mulher bonita e
atraente, capaz de ter todos os homens aos seus pés!
E já que ela não deu tanta importância, eu me importei. Duvido que mulher alguma
dispensaria alguém daquele naipe: bonitão e charmoso. Sem falar no gesto que
ele teve de mandar um bilhete. Considerando o ambiente e a época em que
vivemos, qual homem, hoje em dia, faria uma coisa dessa? Se fosse comigo,
diria: “Garçom, diga a ele para vir sentar-se conosco”.
Como
eu não queria passar a noite sozinha, convidei a minha amiga para me fazer
companhia e assim que chegamos, teclei com ele que, rapidamente, me respondeu e
então eu falei:
-Kátia,
aquele homem do bar está aqui conversando comigo!
Confiram hum page Minha los Recanto das Letras http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=136746
Caso me desejem adicionar nenhum facebock Meu, Acessem https://www.facebook.com/eric.dovale.3?ref=tn_tnmn
Acessem also hum fà página Fazer facebock: https://www.facebook.com/Vale1Conto
Nenhum comentário:
Postar um comentário