sexta-feira, 22 de maio de 2015

Conto- Tirando De Tempo

Eric do Vale

- Me responda esta pergunta: como é possível alguém solicitar a “amizade” do seu próximo, mesmo não escondendo a apatia que sente por esse? Durante três anos, você sempre manifestou a sua ojeriza por mim, jamais ouvi da sua boca uma palavra elogiosa a meu respeito e toda vez que eu alcançava algum destaque, você não perdia a chance de expressar todo o seu sarcasmo apontando, sempre que necessário, algum defeito meu. Não faço ideia de onde surgiu essa aversão a minha pessoa, como também não compreendo a razão de você “requisitar a minha amizade”. No entanto, sou capaz de admitir que a “franqueza” sempre foi uma de suas virtudes, se é que posso definir isso como virtude. Visto que a franqueza é um adjetivo que, costumeiramente, é distorcida por aqueles que agridem o seu semelhante, seja de maneira física ou verbal. E se não me engano, você sempre fez questão demonstrar ser uma pessoa insociável, avessa a diálogos e, muitas vezes, dada a acessos de fúria. Digo isso, porque foi justamente você que se definiu como “uma pessoa de temperamento inconstante: ora de natureza tímida, outrora explosiva”, em uma rede social.  Nunca passou pela sua cabeça que os constrangimentos que você me causou também foram essenciais para o meu progresso? Daí, pergunto: o que você ganhou com isso? Pessoas do seu nível são dignas de duas coisas: pouco contato e muita distância. Tive certeza disso, logo que nos encontramos, por acaso, em um restaurante, muitos anos depois de termos deixado de ser colegiais. E mais uma vez, você não perdeu a chance de me ridicularizar. Algum tempo depois, me surpreendi quando, em uma antiga rede social, você me enviou uma “solicitação de amizade” e até escreveu um recado: “Quanto tempo, panaca”. Se, antes, eu tinha certeza de que era impossível estabelecer um vínculo com a sua pessoa, não tive mais dúvida, depois disso. Deletei o seu “recado” e, obviamente, recusei a sua requisição, no entanto bom censo não é para qualquer um! Agora, venho, novamente, me deparar com uma “solicitação de amizade” sua, mas em uma outra rede social. Considerando que eu nunca fiz nada de ruim para você, acredito que esse seu pedido visa apenas uma coisa: fazer de mim um saco de pancadas para os seus problemas, como havia feito em outra época. Se é isso, não conte comigo e assim como eu não tenho o menor interesse de saber da sua vida, acredito que você também pense da mesma forma, visto que nada do que eu faça seja do seu agrado.  Portanto, espero que esta seja a última vez que eu lhe dirija a palavra e que Deus permita que não nos “encontremos” mais.

-Descobriu a pólvora, imbecil? Nunca fui com a sua cara, e daí? E que negócio é esse de “se destacar”? Que mané destaque? Só se for em idiotice, isso sim você sempre se destacou. Por mim, nem te mandaria solicitação de amizade e melhor seria, se tivesse morrido. Sendo assim, vá se...   



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