sexta-feira, 22 de maio de 2015

Conto- Virando A Mesa

Eric do Vale

“Se toda hora é hora
De dar decisão
Eu falo agora
No fundo eu julgo o mundo
Um fato consumado
E vou-me embora.”

(Djavan Fato: Consumado)   


É muito difícil entender como alguém procura o seu semelhante exigindo-lhe atenção e, logo em seguida, vira-lhe a face sem que haja um motivo concreto. Não vejo explicação para isso, se é que existe. Deus é testemunha do quanto tenho me esmerado em te ajudar, sendo tão compreensível com você. Eu entendo que, algumas vezes, queira ficar só, porque isso é um direito que lhe assisti, mas devo afirmar que, desta vez, você literalmente ultrapassou todos os limites! Assim que foi ao meu encontro e disse que não iria me incomodar mais, presumi que tivesse feito alguma coisa que te contrariasse. Nunca tivemos segredos e sempre gostei de resolver os meus problemas o mais breve possível, então te procurei para saber o que estava acontecendo e o que você fez? Desconversou. Insisti, mas você não quis abrir o jogo e me disse um “até breve”. Você me surpreendeu, sabia? E continua me surpreendendo! No entanto, eu deveria saber que, cedo ou tarde, não tardaria disso, novamente, acontecer. Eu me pergunto: qual de nós dois é o mais besta?  Com certeza, sou eu, porque caí na asneira de perguntar se tinha por habito fugir dos seus problemas e o que foi que você me respondeu? O seu argumento foi que eu só faço “perguntas difíceis”, ora essa! Ninguém aqui é criança, sobretudo você que persiste em agir feito uma! Para o seu governo, esse negócio de “perguntas difíceis” não passa de uma desculpa inventada por todos aqueles que tem o hábito de se recusarem a enfrentar a realidade, como é o seu caso. Mas se você se sente bem assim, quem sou eu para achar alguma coisa? Cada um sabe de si, portanto vá em frente e afinal de contas: “a porta da rua é a serventia da casa”. Antes de nos despedirmos, você me veio com outra justificativa tão piegas, quanto a anterior: “sou uma pessoa inconstante”. Estava demorando, mas aconteceu e quer saber? Você está me prestando um enorme favor, pois tendo assistido, sempre, a esse mesmo “filme” dou-me o direito de, agora mais do que nunca, mudar o script. Sou eu quem, nesse momento, te digo “tchau”. Por que não? Já devia ter feito isso, há muito tempo. Nessas condições, acho mais apropriado dizer “tchau” do que um “até um outro dia”.   Nem eu e nem ninguém temos a obrigação de servir de alvo para os seus recalques, por isso é que existem terapeutas, gurus e pais de santo, como melhor lhe convir. Sei que estou gastando o meu vocabulário à toa, mas não tenho feito, nesta vida, outra coisa, senão dizer “Amém” para tudo e a todos. Portanto, siga em paz o seu caminho. 





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