(Ao
Som de O Nosso Amor a Gente Inventa)
Eric do Vale
Eu
não entendo e custo a acreditar: como foi que tudo aconteceu?
-Tem
uma pessoa que acha que te conhece. _ Disse uma conhecida do meu trabalho.
-Posso
saber quem é?
Imediatamente,
procurei o nome dela no Facebook e
perguntei a essa minha colega:
-De
onde ela me conhece?
-De
alguma balada.
Não
me lembro, se realmente, tínhamos nos visto, antes. Assim mesmo, mandei a
solicitação de amizade para ela e não tardou muito para ser aceito. Depois de teclarmos um pouco, trocamos
telefonemas e marcamos um encontro em uma pizzaria. Continuamos nos falando até
que, inexplicavelmente, terminamos nos afastando. Muito tempo depois, tornamos
a sair até nos afastarmos definitivamente.
Insistentemente, eu a procurava, mas
nunca era correspondido. Às vezes, ela portava-se de uma maneira muito fria
comigo e havia ocasiões em que nem me dirigia a palavra. E quando isso
acontecia, era de forma monossilábica.
Os
nossos “diálogos” tornaram-se tempestivos era como se tudo tivesse ficado fora
do lugar: “café sem açúcar, dança sem par”. Acredito que ela, assim como eu,
não se sentia bem, sempre que “conversávamos”.
Lembro-me
perfeitamente da última vez que dialogamos:
-Olha,
eu sei que te magoei, algumas vezes._ Eu disse.
-Algumas
vezes? Você me magoou várias vezes, mas o que se há de fazer?
Como
eu queria que ela me falasse detalhadamente sobre isso. Várias vezes, ela tinha
me falado disso e uma coisa sempre martelou na minha cabeça: por que, quando
estávamos nos conhecendo, ela não me falou disso? Caso tivesse, antes, me dito
aquilo, eu, certamente, procuraria me corrigir e, quem sabe, assim ela teria a
chance de me conhecer melhor. Mas, como diz o Renato Russo: “A primeira vez é
sempre a última chance”.
-
Eu também fui muito grossa com você. _ Ela comentou.
Não
me lembro disso ter acontecido e acrescentei:
-Quem
sabe, possamos esquecer tudo isso?
-Esquecer?
-Passarmos
uma borracha e recomeçarmos.
-Bem
que eu gostaria, mas você, vez ou outra, termina enlouquecendo e me excluí.
A
conversa terminou ali.
Como
foi que as coisas chegaram naquele ponto? Gostaria que tudo voltasse ao que era
e de preferência, no ponto inicial.
No dia do aniversário dela, algum tempo
depois, mandei-lhe uma mensagem desejando felicidades e pelo jeito, ela nem deu
importância. Como é possível manter um contato com uma pessoa que sempre me
ignora e além disso, não me faz bem?
Algum
tempo depois, só por provocação, enviei-lhe uma frase que dizia o seguinte: “As
pessoas não mudam, revelam-se”. Contudo,
recebi um aviso de que aquela mensagem não havia sido recebida. Tentei
novamente, mas o resultado foi o mesmo. Será que ela me bloqueou? Deixa pra lá.
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