Ninguém perguntou nada, quando a viram chegando
de mala e cuia, mas todos, daquela cidade, sabiam que alguma coisa tinha
acontecido. Uma mulher como ela poderia ter o homem que quisesse, mas
preferiu entregar-se justamente aquele sujeito. Meses depois, eles haviam se
casado até evaporarem.
Descobriu-se, pouco tempo depois, que aquele
homem, assim como os familiares dele eram procurados pela polícia, em virtude
de vários golpes. O que ela viu naquele sujeito? Essa era a pergunta
que todos os habitantes daquela cidade faziam.
Durante três anos, ela comeu o pão que o diabo amassou. Se conviver com
o marido já era um inferno, com os sogros então... Ainda mais que esses dois
eram a personificação do demônio.
Há quem fale que ela sofreu cárcere privado e, várias vezes, alguém tinha
que avisá-la que a sogra estava chegando para ter tempo de trancar-se no
quarto, porque essa queria assassiná-la. Aquele pessoal teve a proeza de surrupiar
todas as economias que ela havia juntado, depois de muito trabalho.
Lá estava ela, com a mão na frente e a outra atrás, e longe de ser
aquela mulher esfuziante de outrora caminhando, com um olhar vago, em direção a
casa dos pais, onde nunca deveria ter saído.
-Como vai o seu marido? _ Perguntou alguém que a viu.
-Morreu. _ Respondeu secamente.
-Eu sinto muito!
Ela não deu importância e ao e pensou: “Morreram todos, para mim”.
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