a)
A Ida
Chamava-me a atenção o andar
daquele homem: era todo desengonçado; parecia que iria cair no chão. Ele
continuou cambaleando até pegar um pedaço de pau e jogá-lo na janela do
ônibus, onde eu estava.
- Ainda bem que não era uma
pedra, porque quebraria o vidro _ Comentou um passageiro.
Quando isso aconteceu, o
ônibus já estava em movimento.
A minha prima, que me
acompanhou nessa viagem, falou, assim que chegamos, para uns parentes nossos
sobre um homem que entrou no ônibus, onde estávamos, dizendo-se padecer de problemas
mentais e depois, quis arranjar briga com os passageiros.
Impaciente, o
motorista, ajudado por dois passageiros, colocaram- no para fora do
ônibus.
-Ele saiu todo
desequilibrado, pegou um pedaço de pau e atirou contra a janela do ônibus. _
Falou a minha prima.
Até hoje, eu não entendo
como não fiquei a par do que estava acontecendo a minha volta.
b)
A Volta
Se não me engano, fazia uma hora que estávamos na estrada,
quando um homem começou a falar muito alto. Percebia-se que ele estava bastante
alterado e falava frases desconexas.
Naquele momento, o rádio, estava ligado e tocava aquela
música Vou de Táxi.
-Desliga essa... senão, eu vou quebrar... _ Gritou esse
homem, conforme ia falando os mais variados palavrões.
O motorista, naquelas condições, desligou o rádio. Mesmo
assim, ele não cessou com os xingamentos;
De repente, o ônibus parou para receber os passageiros de um
outro ônibus que havia quebrado, conforme vim saber, tempos
depois, pelo meu pai:
-Quando eu vi aquele povo chegando, estava vendo a
hora daquele cara surtar de vez. _ Disse o meu pai para um conhecido dele.
A viagem prosseguiu e apesar de me sentir cansado e tenebrosos
com a fúria daquele homem, servia-me de consolo saber que, logo mais, eu
estaria em casa dormindo na minha cama.
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