Para Lívio de Carvalho Coelho Chagas
No primeiro ano, do Ensino Médio, tínhamos um
professor de física cujas aulas dele eram inesquecíveis Não que ele fosse o as
dessa matéria, nada disso; o que tinha de bom na física, era uma negação na
língua portuguesa:
-Vou dar um ixemplo pra vocês. _ Dizia ele.
A priori, pensava que essas gafes que ele
cometia na língua portuguesa era passava um chiste dele, mas não era.
Certa vez, ele falou:
-Quando o movimento é pusitivo, ele sobe. Do
contrário, ele desce para baixo.
Um dia, esse professor escreveu a palavra trem,
no quadro, corretamente e alguém falou:
-Professor, tem termina com N.
Ele, então, apagou a letra M e acrescentou o N.
Quando ele se invocava... Na hora de excluir um
aluno de sala:
-Pa fora! Eu avisei, eu avisei, eu avisei!
Esse professor cismou com um colega nosso e com
toda razão: além de repetente, ele fazia mil e uma artimanhas na aula dele. Se
já era engraçado vê-lo colocando um aluno para fora de sala, tornava-se mais
cômico quando era esse nosso colega:
-Oh, tu! Pa fora!
-Não, por favor! Por favor!
-Eu avisei, eu avisei, eu avisei!
-Por favor!
Um dia, esse professor estava corrigindo as
nossas provas e passou um exercício para resolvermos. Além de não termos feito
coisa nenhuma, fizemos uma guerra com as bolinhas de papel.
Eu fiz um aviãozinho de papel e inventei de
jogá-lo em um colega meu. Contudo, a porcaria do avião mudou a trajetória e
pegou justamente no rosto do professor. Pensei: “Danou-se!”.
O professor levantou-se e falou:
-Eu vi, foi tu! _ Apontando o dedo. Para mim. -
Pa fora!
Eu já ia fazendo isso, quando escutei aquela
gritaria:
-Não fui eu! Não fui eu! Eu juro!
Era aquele cara que o professor tinha marcação.
-Eu avisei, eu avisei, eu avisei! _ Falou o
professor.
-Mas, não fui eu! _ Gritou ele.
-Foi sim.
-Não fui eu nada!
-Foi você, sim. Eu vi.
No mesmo
instante em que joguei o avião, ele tinha atirado uma bolinha de papel em não
sei quem Logo, o professor pensou que tivesse sido ele.
-Professor, fui eu_ Falei.
-Nada disso, foi ele.
Restou-me, então, ir até a coordenação,
confessar tudo e livrar a cara desse meu colega.
-Ele não jogou o avião no professor, fui eu.
Mas, uma coisa eu te garanto: foi sem querer. _ Eu disse.
-Você? _Indagou o coordenador. – Meu
camarada, como é que você faz uma coisa dessa? Justo você! Mesmo assim,
terei que punir o seu colega, em virtude do histórico dele.
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