O
mesmo nome e a mesma data de aniversário; seria pura coincidência, se não fosse
um detalhe: a diferença de idade. Quando me lembro dos momentos em que passamos
juntos, faço das minhas as palavras do Belchior: “Na parede da memória, esta lembrança é o quadro que dói mais”. Esse mesmo poeta, entretanto, afirma que o
novo sempre vem, por isso não pretendo cometer o mesmo erro de outrora.
Deus,
melhor do que ninguém, testemunhou os percalços que atravessei para conquistá-la.
Ela mesma me submeteu a inúmeras provações que homem nenhum, na minha situação,
suportaria.
Já havia me dado por satisfeito, depois dela
ter, várias vezes, me dispensado, quando, de repetente, enxerguei uma esperança
naqueles lábios. Quantos anos esperei por isso? Alcançado o meu objetivo, eu
deveria me segurar e adequar-me aquela situação, mas as coisas terminaram
desandando. Por quê?
Sempre
que me faço essa pergunta, me dou conta de que eu estava há poucos metros da
linha de chegada! É uma pena ninguém ter inventando, até agora, a máquina do
tempo.
Visto
que, atualmente, encontro-me vivenciando uma situação similar, não desistirei tão
facilmente; ela bem sabe disso. Quando penso
que tenho que enfrentar os mesmos percalços, lembro-me, novamente, das sábias
palavras do Belchior: “Viver é melhor que sonhar.”.
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