Ela
me perguntou:
-Posso
ver o seu caderno?
Deixei-me
dominar pela emoção e troquei os pés pelas mãos.
Várias
vezes, tentei explicar-lhe, porém ela não se convenceu. Pudera, aquela minha
atitude não era motivo para ter feito o que fiz.
Por
mais que eu, ou quem quer que fosse, me perguntasse o motivo de tê-la agredido,
jamais encontrei resposta para justificar a praticidade daquele ato.
Aquela
cena, muitos anos depois repetiu-se, mas, dessa vez, não era comigo.
-Muito
bonito esse seu caderno. _ Disse a moça para o rapaz que sentava-se ao meu
lado.
Só
eu sei o quanto desejei que aquilo tivesse sido comigo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário