Devido aos últimos acontecimentos que vêm escandalizando o
cenário político nacional, nutro-me de esperanças de que, um dia, afirmaremos
que foi-se o tempo em que o nosso país aplicava a “Lei Do Gerson”. A corrupção,
juntamente com a crise, tornou-se, nos dias atuais, um termo bastante
corriqueiro em nosso vocabulário, permitindo questionarmos os nossos valores.
Além de ter se tornado algo muito clichê, falar, hoje em dia,
de corrupção, no Brasil, é algo de extrema complexidade e que requer um
aprofundado estudo na área da psicologia, sociologia e antropologia, originando
inúmeras teses sem uma definição absoluta.
Desde muito cedo, somos acostumamos com o fato de que
descendemos dos portugueses, não esquecendo que foram eles, os responsáveis
pela formação do nosso caráter, ao aderirem um processo de colonização de
exploração, que consistia na subtração de nossas riquezas naturais e no
trabalho escravo que foi aplicado aos nativos e, posteriormente, aos africanos.
Tudo isso é verdade, mas gostaria de acrescentar um outro
detalhe que considero importante: por mais que tenhamos consciência de que
somos humanos e estamos sujeitos a cometer todos e quaisquer tipos de erro, o
nosso orgulho termina falando mais alto.
Um exemplo: durante a fase estudantil, somos todos avaliados
por meio de uma prova. Com receio de se sentirem inferiorizados, alguns
recorrem a boa e velha “cola”. São atitudes
como essa, que muito contribuem para a formação de um indivíduo, fazendo jus a
ideia de que os brasileiros gostam de levar vantagem em tudo.
Ainda
bem que existem aqueles que fogem a essa regra e, cada vez mais, servem de
exemplo para todos nós de que a determinação e o comportamento ético são os
alicerces essenciais para atingir os objetivos desejados.
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